A implantação de "Smart Cities" no Brasil
O conceito de cidade inteligente ou "smart city" engloba projetos distintos de aplicação, mais ou menos intensa, das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no ambiente físico e institucional das cidades.
Esse conceito compreende esforços de digitalização, automação e até mesmo o uso de inteligência artificial. Tudo isso para tornar a vida nas cidades mais sustentável, para tornar a vida dos cidadãos mais simples e para aumentar a eficiência dos serviços e das demais atividades desenvolvidas pelas administrações municipais.
Assim, entram no conceito de cidade inteligente diversas iniciativas. Alguns exemplos são: sistemas de transporte inteligente, que monitoram o número de passageiros em uma estação a fim de determinar a velocidade dos veículos; sistemas de iluminação pública com regulagem automatizada; e aplicativos que permitem acompanhar a prestação de serviços e aferir medidas tomadas pela administração municipal.
Programa Nacional de Estratégias para Cidades Inteligentes
Recentemente, durante o Smart City Business Brazil Congress & Expo, o Secretário de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), Vitor Menezes, lançou o Programa Nacional de Estratégias para Cidades Inteligentes do Governo Federal. A iniciativa faz parte de uma série de projetos do Governo Federal voltados ao desenvolvimento de Cidades Inteligentes no país, e substituirá o programa Cidades Digitais, lançado em 2011.
Para isso, a ideia é estabelecer diretrizes e indicadores, que permitam avaliar e nivelar os municípios brasileiros de acordo com o seu grau de conectividade e interoperabilidade (capacidade de integração e comunicação entre os diferentes sistemas informatizados). Menezes destacou que o nivelamento seguirá modelo adotado em estudos promovidos pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).
Com esse Programa, o MCTIC, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), passará a ser o integrador político das iniciativas nacionais voltadas à implantação de cidades inteligentes, chamando outros ministérios para o diálogo e sugerindo investimentos.
O Programa envolve, ainda, a criação de uma Câmara Nacional de Cidades Inteligentes, na qual serão travados debates sobre o tema, agregando tomadores de decisões, academia, indústria, setor privado e a sociedade civil. A Câmara terá seu funcionamento regulamentado por decreto, que também definirá o modelo de avaliação das cidades e o papel de cada um dos atores envolvidos.
Ao final, os trabalhos realizados deverão resultar na elaboração de um Plano Nacional de Cidades Inteligentes, que estabelecerá passos e políticas mais concretas, e fomentará o desenvolvimento de soluções de cidades inteligentes de forma estruturada.
O papel do direito: o cidadão como objetivo
A implantação de "smart cities" tem muito a ver com o direito, especialmente com o direito administrativo. É que a realização desses projetos deve se dar por meio de processos complexos de tomada de decisão, que precisam cogitar sobre os impactos concretos das medidas a serem executadas, sobre o custo-benefício dessas medidas e sobre os indicadores que farão o controle de resultados da implantação.
O importante é que o cidadão esteja no foco das atenções das medidas administrativas, do planejamento e da política pública. A cidade inteligente é uma cidade orientada para o cidadão, para servi-lo, para informá-lo, para simplificar a sua vida e suas interações com os gestores públicos.
Sem esse cuidado, sem o planejamento e a execução cuidadosa dos projetos, os gastos que surfem na onda das "smart cities" podem ser simples sorvedouros de recursos públicos sem proveito da população.
Na última semana, o Comitê Manesco Mulher organizou exibições internas do filme "A Juíza". O documentário foi projetado na sede do escritório, em São Paulo, e em todas as filiais (Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro).
A obra, que foi indicada ao Oscar 2019 de melhor documentário, conta a história de Ruth Bader Ginsburg, conhecida como RBG. Ela foi a segunda mulher a se tornar juíza da Suprema Corte dos EUA. Sua história é marcada pela luta e ativismo em causas relacionadas à igualdade de gênero e à afirmação dos direitos humanos.
No Brasil, a divulgação do filme é uma iniciativa da Believe Filmes, selo criado para destacar filmes que contam histórias impactantes e com grande potencial de transformação social, em parceria com o Instituto Alana, ONG que atua em causas favoráveis a crianças e adolescentes.
De 22 a 24.ago.2019, acontece o "18º Congresso Internacional de Arbitragem". O evento, que tem como tema neste ano "Administração Pública e Arbitragem", será realizado em Brasília (DF). A organização é feita pela CBAr (Comitê Brasileiro de Arbitragem). Este é um dos principais eventos de arbitragem do Brasil. O escritório é um dos patrocinadores da iniciativa.
A programação traz paineis sobre: Estado como parte da convenção de arbitragem, cumprimento e anulação de sentenças arbitrais envolvendo a Administração Pública, agências reguladoras e arbitragem, dentre outros temas.
As advogadas Ane Elisa Perez, Carolina Smirnovas Quattrocchi, Deise da Silva Oliveira e Patricia Trompeter Secher estarão presentes. Elas também estarão envolvidas em atividades engajadas pela igualdade de gênero na arbitragem, lideradas pelas organizações Arbitral Women e ERA (Equal Representation in Arbitration).
O advogado Marcos Augusto Perez, professor da Faculdade de Direito da USP, juntamente com os docentes Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer e Rodrigo Pagani de Souza, oferecem, nesse semestre, a disciplina "O Direito Administrativo e Empresarial da Proteção de Dados Pessoais", na pós-graduação da Faculdade de Direito.
A disciplina irá aprofundar questões relacionadas à proteção de dados pessoais e sua relação com o Direito Empresarial e com as atividades da Administração Pública. Será a primeira disciplina da pós-graduação, no Largo São Francisco, a utilizar uma abordagem interdisciplinar de modo a pensar o direito administrativo e empresarial sob impacto das novas tecnologias da informação e comunicação, que têm transformado a coleta e tratamento de dados pessoais.
O advogado Floriano de Azevedo Marques Neto é um dos palestrantes na "XVII Semana Jurídica do TCESP". Marques Neto profere a apresentação "Lei nº 13.655/2018 - Lei da Segurança para a Inovação Pública" no dia 14.ago.19. As inscrições são gratuitas e o evento é transmitido on-line.
No dia 19.ago, a advogada Mariana Magalhães Avelar participará do evento "Futuro das contratações públicas: debates sobre o PL 1292/95", que acontece na Faculdade de Direito da UFMG. Ela será coordenadora da mesa de debate "Contratação Pública como mecanismo de Política Pública: abordagem internacional sobre o tema e seu reflexo no PL 1292". As inscrições são gratuitas.
O advogado Wladimir Antonio Ribeiro estará no "Seminário Estadual de Consórcios Intermunicipais e Cooperação Regional". O evento será realizado no dia 19.ago.2019, na Assembleia Legislativa de SP. Na ocasião, será lançado o livro "Consórcios Intermunicipais e Políticas Públicas Regionais". Ribeiro é autor de um dos artigos da obra.
A advogada Ane Elisa Perez, vice-presidente da Comissão de Arbitragem da OAB SP, irá proferir palestra sobre o tema "Ética e Publicidade". Será no dia 20.ago.2019, na Casa de Advocacia e da Cidadania de Embu das Artes. O evento é organizado pela Comissão de Cultura e Eventos da OAB SP.
No dia 21.ago.2019, o advogado Floriano de Azevedo Marques Neto estará no "VI Congresso Brasileiro de Direito Tributário Atual", organizado pelo IBDT (Instituto Brasileiro de Direito Tributário). O evento acontece em São Paulo (SP), de 21 a 23.ago.2019. Ele será um dos palestrantes da mesa "Consequencialismo no julgamento de matéria tributária e a LINDB".