(foto: Pixabay)
Desde 2011, quando as concessões de aeroportos foram iniciadas, o governo brasileiro tem se dedicado a aperfeiçoar a regulacão deste setor.
Destaca-se nesse movimento a ampliação do prazo de investimento inicial nas concessões, de forma a possibilitar às concessionárias ajustes dos investimentos à realidade encontrada em cada aeroporto. Também houve melhorias na qualidade dos estudos e inclusão de novas exigências nos contratos.
Esse cenário tem animado investidores da área.
Recentemente, em março, foi realizada a 5ª Rodada de Concessões de Aeroportos, na qual 12 terminais, divididos em três blocos (Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste) foram arrematados com ágio total de R$ 2,15 bilhões.
E o mercado já se prepara para novas licitações na área, inicialmente previstas para o segundo semestre de 2020.
6ª Rodada de Concessões de Aeroportos
O processo de concessão dos blocos Sul, Norte e Eixo-Central está na fase inicial de realização dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). Foram habilitadas 12 empresas para a realização dos Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI), que subsidiarão a modelagem das concessões dos 22 aeroportos em discussão.
Vale destacar a importância da licitação por blocos, o que viabiliza economicamente a assunção de aeroportos de menor porte. Os 22 terminais estão divididos da seguinte forma:
Bloco Sul
Bloco Norte
Bloco Central
Há outros temas de impacto na área de transporte aéreo.
Alguns deles são: (i) o avanço na expansão da entrada das empresas estrangeiras, especialmente no setor low cost; (ii) inovações a serem incorporadas às concessões, como a possibilidade de financiamento da outorga; (iii) o futuro da Infraero; (iv) relicitação, matéria que aguarda decreto regulamentador; e (v) o impacto da assimetria regulatória havida entre as primeiras fases de concessões aeroportuárias e as últimas.
Na próxima terça-feira, dia 21.mai.2019, a advogada Ane Elisa Perez participará do evento “Arbitragem e Questões Econômicas Complexas: em busca de um modelo adequado ao Brasil”. Ela irá coordenar o debate no painel “Rapidez e qualidade técnica: as promessas da arbitragem brasileira estão sendo cumpridas”, do qual participarão os professores da Faculdade de Direito da USP Maristela Basso e Rodrigo Broglia Mendes, além do advogado Ernesto Tzirulnik. O evento é aberto ao público e acontecerá a partir das 9h na Faculdade de Direito da USP, Largo São Francisco, São Paulo - SP, na Sala da Congregação (1º andar do prédio histórico).
Em sua última coluna no programa “Olhar da Cidadania”, o advogado Marcos Augusto Perez falou sobre as fake news.
Notícias falsas, boatos, ou, simplesmente, maledicências sempre existiram. O problema da atualidade é sua disseminação em cascata pelas redes sociais, com o propósito de distorcer a vontade popular e contaminar o resultado de eleições, pressionar artificialmente as instituições ou ainda promover manifestações em massa de ódio.
É exemplo extremo do impacto das fake news na vida real o caso da limpeza étnica em Mianmar. A difusão de fake news pelo Facebook parece ter servido de instrumento fundamental na mobilização de budistas radicais contra a minoria muçulmana no país.
“As redes sociais, que poderiam ser a praça pública ou a ágora da democracia cibernética, estão se tornando o túmulo da democracia, pois grupos com algum poder econômico estão a sustentar uma militância antidemocrática e extremista, que usa e abusa de manipular os sentimentos populares com o uso massivo de fake news”.
O programa "Olhar da Cidadania" é apresentado pelo jornalista Joel Scala e é transmitido todas às quartas-feiras, na Rádio USP, às 17h, e tem produção da organização Observatório do Terceiro Setor.