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04 DE ABRIL DE 2019
nº 668
por Adalberto Pimentel Diniz de Souza



A imprensa noticiou que o Ministério Público pediu o bloqueio de R$ 57 milhões das contas do Clube de Regatas Flamengo, além da interdição do Centro de Treinamento. Ainda sob o impacto da tragédia recente, são discutidas as providências para a reparação de danos às vítimas e aos familiares, além das medidas de prevenção que se prestem a evitar que ocorra outro evento funesto. Nesse passo, para os clubes em geral, vale a reflexão sobre o que pode ser feito para que não seja necessário enfrentar situações dessa gravidade.

Se parte significativa da fama do Brasil pelo mundo está ligada ao sucesso no futebol, o Flamengo, conhecido por ter a maior torcida do país, representa a expressão maior do sonho de milhares de jovens e suas famílias, de acender social e financeiramente por meio do esporte. Assim como o Flamengo, outros tantos clubes dispõem dos mecanismos que possam tornar realidade o sonho e a esperança dos candidatos ao estrelato, não só quanto ao futebol, mas do desporto em geral.

Os clubes hoje, no Brasil, são os grandes formadores de atletas. Não por acaso, os clubes são entidades capazes de atrair recursos. Neles estão os treinadores, técnicos, fisioterapeutas, médicos e demais profissionais voltados à prática desportiva, bem como os espaços necessários para o fomento à competição. E dos clubes não se espera menos do que o cuidado necessário para garantir não apenas a integridade dos atletas, mas todo o conjunto de medidas que possibilitem a formação adequada dos jovens, muito mais do que a transformação deles em estrelas.

Assim, nos clubes dedicados ao esporte, sobretudo de alto rendimento, não há espaço para puxadinhos ou soluções improvisadas, ainda mais quando o assunto é o cuidado e a responsabilidade com pessoas. Mas qual o motivo pelo qual ainda é preciso lidar com o improviso? Boa parte da resposta está no próprio modelo associativo dos clubes, que por força da rigidez estatuária são conduzidos por dirigentes eleitos de tempos e tempos, que, diferentemente do que ocorre nas empresas privadas, projetam as atividades e o destino do clube de acordo com o limite de tempo dos mandatos que lhes são conferidos. Os clubes sofrem com a mudança de dirigentes e de rumos diretivos. Com isso, não há estratégia de crescimento ordenado. Não há foco no planejamento de médio e longo prazo. E os jovens precisam disso. A estrela que surgirá em alguns anos só surgirá se for formada com qualidade.

Não é por acaso que tanto se fala na administração profissional dos clubes, sobretudo a partir da , a Lei Pelé. Por certo, a administração profissional exige não só a adoção de boas práticas de planejamento e gestão de recursos mas também de pessoas e bens, o que inclui o uso apropriado de instalações e equipamentos à disposição dos atletas e, para que tudo isso ocorra a contento, é preciso planejamento de médio e longo prazo.

Na prática, os tipos de gestão de clubes no país não refletem boas práticas internacionais e carecem de planejamento, organização e controle. Para remediar esse panorama, a contratação de dirigentes remunerados, contratados com objetivos claros de resultados, capazes de levar adiante objetivos pré-definidos, sem mudanças repentinas derivada do resultado de eleições de dirigentes pode ser a primeira ferramenta de planejamento para a implementação de um modelo de gestão profissional eficaz. Além disso, a ordem do dia exige a implementação de programas de integridade nos clubes, que priorizem regras claras de contratação e movimentação financeira, o que possibilitará transparência e conhecimento claro dos seus rumos pelos interessados.

O planejamento de gestão profissional de clubes pressupõe o atendimento de regras, posturas, licenças e alvarás. Seguir esse modelo é a alternativa viável para que se evite o colapso de outra barragem.


GRI Club

Na última quinta-feira, dia 28.mar.2019, os advogados Marcos Augusto Perez e Caio de Souza Loureiro estiveram presentes no evento "GRI PPPs e Concessões 2019", no qual foi discutido o papel dos bancos multilaterais, governança, equilíbrio nos contratos de parcerias público-privadas e outros temas referentes ao setor de infraestrutura no Brasil.

Fotos: Flávio Guarnieri




Folha de S. Paulo

Os professores da USP e advogados, Floriano de Azevedo Marques Neto e Marcos Augusto Perez, foram ouvidos em reportagem da Folha de S.Paulo sobre recente reforma no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo.


Notas

  • O advogado Wladimir Antonio Ribeiro será o moderador do Workshop de Saneamento Básico da FIESP “Aspectos Estratégicos do Plansab”, que será realizado no dia 10.abr, a partir das 14h, na sede da Federação. O Workshop tem por objetivo discutir as premissas técnicas, econômicas e jurídicas do Plansab, Plano Nacional de Saneamento, principal instrumento da política pública do setor.

 

  • O portal Migalhas realizará o seminário "Desestatizações em 2019" no dia 23.abr, a partir das 9h, em São Paulo. O evento contará com a participação do advogado Marcos Augusto Perez, que irá compor o painel "Formas de intervenção do Estado na economia".

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